12 ABR 2021

Dom Mário Spaki comenta as expectativas para a 58ª Assembleia Geral da CNBB

Em quase 70 anos de existência, é a primeira vez que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza uma Assembleia Geral na modalidade virtual. Trata-se de algo inédito e histórico, pois serão cinco dias de reunião virtual, 12 a 16 de abril, onde estarão conectados mais de 300 bispos de todas as dioceses do Brasil. Ao todo, a plataforma virtual reunirá mais de 350 pessoas, entre bispos, sacerdotes, assessores e equipe técnica.

Como nos anos anteriores, a pauta para essa 58ª Assembleia foi discutida e aprovada pelo Conselho Permanente da instituição, que compreende os bispos da presidência, os presidentes dos 18 Regionais e os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. O arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz, que compõe esse conselho, explicou que, para definir a pauta, os bispos consideram primeiro os assuntos estatutários, como o relatório da presidência, questões de liturgia, o retiro, a prestação de contas das comissões, o tema central; depois abre-se para sugestões dos bispos do conselho e, por fim, a todo episcopado, que pode sugerir os assuntos quando ao inscreverem-se. Então, esses assuntos aprovados, são distribuídos nos dias e no tempo que lhes será dedicado.

Dom Geremias Steinmetz falou sobre suas expectativas para essa assembleia, que acontece depois de dois anos do último encontro de todos os bispos. “Temos muitos assuntos que precisam ser tratados e muitas orientações que precisam ser dadas ao episcopado, como um todo, portanto, a pauta planejada é bem ampla. Tenho uma expectativa no sentido de uma retomada, para começarmos a perceber em que direção a Pastoral da Igreja no Brasil deverá caminhar nos próximos anos. Com essa parada, por conta do da pandemia do Coronavírus, nós precisamos repensar muitas das nossas prioridades, temos que recomeçar muitas coisas na base e continuar, para que possamos pensar nos Planos de Pastoral a serem desenvolvidos em nossas dioceses”.

Para Dom Carlos José de Oliveira, bispo de Apucarana (PR), a assembleia na modalidade on-line é a melhor opção neste momento para preservar a vida. “Temos que aprender e nos adaptar. Sentimos muito a ausência e a impossibilidade de encontrar os irmãos, mas vamos em frente, acreditando que, agora, o melhor é nos reunirmos dessa forma on-line para preservarmos a vida”, afirmou.

Quanto às expectativas para o encontro, Dom Carlos destacou a importância do tema central a ser abordado: “Espero muito dessa assembleia, principalmente do tema central, sobre o pilar da Palavra. Em dias desafiadores como os nossos, é necessária uma palavra forte que nos recorde que Cristo Jesus é a Palavra de Deus enviada ao mundo, também neste momento de pandemia. Espero muito que essa Assembleia dos Bispos traga uma palavra forte, de esperança e de continuidade da nossa missão de evangelizadores”.

O bispo referencial para a Pastoral da Comunicação no Paraná, Dom Mário Spaki, bispo de Paranavaí (PR), afirmou que se sente muito feliz, pois se trata de um passo gigantesco, no âmbito da comunicação na Igreja, ter um evento dessa envergadura sendo realizado totalmente on-line.

Estamos acostumados a ver os jovens lidar com as novas tecnologias, os adolescentes manusear os aplicativos e os meios de comunicação, mas aqui se trata de um grupo de bispos, na sua maioria com certa idade, que entram por meio dessas plataformas digitais para realizar um encontro dessa envergadura, reunindo os bispos de todas as dioceses do Brasil nesse evento que é de grande importância para a Igreja. Enquanto bispo referencial da Pastoral da Comunicação aqui no Paraná, sinto-me muito feliz, porque significa um passo gigantesco como Igreja”, afirmou Dom Mário.

A 58ª Assembleia Geral da CNBB teve início na manhã dessa segunda-feira, 12 de abril e conclui-se na tarde da sexta-feira, dia 16 de abril. O tema central a ser discutido na assembleia é: “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias”. Por não se tratar de um encontro presencial, não haverá a votação para aprovação de um documento.

Fonte: CNBB Sul 2/Foto: Juliana Silva
Autor: Karina de Carvalho - Assessora de Comunicação

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