11 AGO 2016

AGOSTO - MÊS VOCACIONAL

Tradicionalmente a Igreja Católica celebra, no mês de agosto, o Mês Vocacional. Busca apresentar as quatro grandes vocações dos cristãos: a vocação sacerdotal ou ao ministério ordenado, a vocação ao matrimônio, vocação à vida consagrada, e a grande vocação do laicato (especialmente dos catequistas). Neste ano o tema recorda o Ano Santo da Misericórdia trazendo o mesmo tema para a reflexão:

Misericordiosos como o Pai (Lc 6,36). A atividade proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) busca motivar a oração pelas vocações nas comunidades, paróquias e dioceses, além de conscientizar adolescentes e jovens ao chamado de servir a Igreja. Sobre a temática deste ano, o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo (SP) e referencial da Pastoral Vocacional, dom

José Roberto Fortes Palau, explica que toda vocação à vida consagrada é fruto da misericórdia divina. “É fruto do olhar misericordioso de Jesus; é dom de Deus para a Igreja.

Aliás, como enfatiza o Papa Francisco, toda vocação nasce, cresce e é sustentada pela Igreja.

De modo particular, a experiência de São Paulo destaca, sobremaneira, a importância da Igreja para o nascimento e a perseverança vocacional”, sublinha. A importância da Igreja aparece nas sugestões de celebrações:

A vocação nasce na Igreja; Vocação cresce na Igreja e a Vocação é cultiva na Igreja.

As reflexões sobre o Dia do Ministério Ordenado colocam esta vocação a serviço da misericórdia. Toda vocação é um dom de Deus. Frente ao chamamento que o Senhor nos faz, cabe-nos uma resposta. Somos livres para eleger o que responder. Há, porém, uma verdade: escutando o chamado e respondendo afirmativamente a ele, a pessoa é feliz. A pessoa vocacionada é, portanto, uma pessoa chamada. Nela é preciso cultivar a consciência da eleição de Deus. O sacerdote é pastor. Talvez essa comparação fale pouco aos nossos jovens e à nossa realidade, majoritariamente urbana. Mas a imagem permanece válida: ser pastor significa viver para cuidar e, até mesmo, dar a vida por aqueles que são cuidados. Ser pastor significa fazer o que fez Jesus, o Bom Pastor: abaixou-se, fez-se servo, lavou os pés, curou as feridas, tocou na necessidade do povo, humilhou-se a si mesmo, despojou-se de tudo, tomou a cruz, deu a vida para dar-nos a vida.

Na Bula Misericordiae Vultus o Papa Francisco diz: Imitar Jesus na sua Palavra, nos seus gestos e suas atitudes (n.01).

Na reflexão sobre a vocação matrimonial é natural que o foco esteja sobre a vida familiar. Que nossas famílias sejam verdadeiras Igrejas Domésticas. Cultivem a cada dia a graça de serem “herdeiras da Sagrada Família” aonde o amor de Deus Pai se faz presente. Que em nossas famílias reine a confiança, a fidelidade e o respeito mútuo para que as nossas famílias se fortifiquem sempre mais no verdadeiro amor. É necessário aproveitar o grande impulso pastoral que nos vem da Exortação Pós-sinodal Amoris Laetitia: A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja.

Quando se se trata da vocação à Vida Consagrada traz-se à memória toda a alegria que produz na vida da Igreja a multidão de pessoas que consagraram a sua vida ao Senhor, aos irmãos e à Igreja na disposição de serem sinais do amor misericordioso de Deus pela humanidade. Que a exemplo de Maria possam expressar com a vida a presença de Jesus, o Rosto da Misericórdia do Pai. “Quem o vê, vê o Pai”. (Jo 14,19). Que muitos jovens encontrem o Senhor misericordioso se disponha ao discipulado numa vida íntima e configurada com Cristo, servindo a Igreja numa doação total e generosa com aquela radicalidade evangélica que também se realiza no amor pelo próximo.

No quarto domingo celebram-se os leigos e a sua vocação em muitos e variados ministérios. Rezamos pelos leigos de nossa comunidade. Os leigos, pelo batismo, são chamados a exercerem a missão de povo de Deus, a viver o seguimento de Jesus Cristo na realidade cotidiana, sendo chamados a testemunhar a beleza do Evangelho, a ser sal da terra e luz do mundo na sua realidade familiar e social, vivendo com fé. O Documento105 da CNBB, Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14), é muito rico ao falar da presença do laicato na Igreja do Brasil. Fala das muitas conquistas e do s muitos desafios que temos pela frente. O Papa Francisco faz sempre questão de se reportas a aqueles que são “a Igreja no coração do mundo e o mundo no coração da Igreja”.

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