24 MAI 2021

A maternidade de Maria e o sentido da mãe na celebração da memória litúrgica

A Igreja celebra nesta segunda-feira depois do Pentecostes, este ano 24 de maio, memória litúrgica da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja. Título dado a Maria por São Paulo VI, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, promulgada em 21 de novembro de 1964. Segundo explicou São Paulo VI no documento, Maria é mãe de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores.

Em 2018, a memória de Maria Mãe da Igreja foi inserida no Calendário Litúrgico por desejo do Papa Francisco. O motivo da celebração, de acordo com o Decreto “Ecclesia Mater”, é favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como também da genuína piedade mariana.

“O Sumo Pontífice Francisco, considerando atentamente quanto a promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como também da genuína piedade mariana, estabeleceu que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os anos”, destaca um trecho do Decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Edmar Peron, destaca que o desejo de Francisco com esta celebração é fazer crescer nos pastores, religiosos e fiéis sentido materno da Igreja.

“Todos os membros da Igreja, guiados pelo Espírito Santo, podem tornar-se fecundos e serem ‘mães dos outros, com atitudes de ternura, de mansidão, de humildade. Certos de que este é o caminho de Maria’. Esta festa, portanto, consola o Povo de Deus – temos uma Mãe – e, ao mesmo tempo, o ajuda a ser maternal nas suas relações, especialmente com os mais necessitados de cuidados, a exemplo de Maria, a Mãe da Igreja”, ressalta dom Edmar.

Ainda segundo dom Edmar, “Certamente a relação de Maria com o Espírito Santo e sua celebração na segunda-feira depois de Pentecostes podem ajudar as comunidades a redescobrirem sua dimensão missionária”.

De acordo com a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, se por acaso a segunda-feira após Pentecostes houver no calendário a memória de um Santo ou Beato, a memória de Maria, Mãe da Igreja, ocupará o lugar de tal comemoração.

Fonte: CNBB/Foto: Domenico Ghirlandaio/Vatican News
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