09 JUL 2020

Conheça parte da história da primeira santa do Brasil, Paulina

Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus ficou conhecida por ser a primeira santa do Brasil e o dia 9 de julho foi escolhido para lembrarmos da sua vida na entrega amorosa e incondicional aos pobres e necessitados desse país.

De sua história, lembramos um fato que ocorreu quando ainda era a jovem Amábile Lúcia Visinteiner: a de cuidar de uma enferma.

Engajada na comunidade e na vida pastoral, Amábile recebeu do padre de sua paróquia uma tríplice missão: cuidar da catequese, da limpeza da igreja e amparar os enfermos da comunidade.

Não passou muito tempo até que Amábile se visse diante do cumprimento de sua missão, quando uma mulher adoeceu gravemente de câncer na comunidade em que morava.

Ela convidou sua amiga Virginia Rosa Nicolodi para acompanhar à enferma que já estava no estágio final da doença. Nesse início, elas só podiam contar com a Providência Divina, e ela bastou!

Em 12 de julho de 1890, as amigas acolheram a enferma Angela Viviani em um casebre de madeira doado por Beniamino Gallotti. As amigas fundam ali o ‘Hospitalzinho São Virgilio’, onde vão morar.

Uma frase da santa diz bem de sua plena confiança nos planos de Deus: “Confiai sempre muito na Divina Providência; nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários. Novamente vos digo, confiai em Deus e em Maria Imaculada; permanecei firmes e radiantes”.

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Após a morte da enferma, em 1891, se junta a elas Teresa Anna Maule. As três amigas ficaram conhecidas como o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e o gesto de acolhida dessa primeira paciente marca a fundação desse instituto religioso.

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição foi a primeira congregação feminina fundada no Brasil. Amábile, Virginia e Teresa professaram os votos religiosos e adotaram os nomes de Paulina do Coração Agonizante de Jesus, Matilde de São José e Inês de São José, respectivamente.

Depois desse início, a jovem religiosa foi nomeada superiora da congregação e vem daí o nome Madre Paulina. Mudou-se para São Paulo para cuidar de ex-escravos idosos, crianças órfãs e pobres no bairro Ipiranga.

Em sua vida, a religiosa ainda passou por inúmeros sofrimentos, como quando foi deposta de seu cargo de superiora e colocada à prova em um exílio durante nove anos. Depois, chamada pelo mesmo bispo, volta à casa geral da Congregação em São Paulo, tendo reconhecidas as suas virtudes e obediência nesse momento de provação. Já com 73 anos, teve seu braço direito amputado por causa da diabetes.

Madre Paulina morreu no dia 9 de julho de 1942, depois de viver como aquela que só sabia “ser-para-os-outros”, como disse São João Paulo II na celebração de sua canonização.

Santa Paulina começou a sua missão com aquela enferma em Nova Trento (SC), e atualmente a sua obra já alcança 12 países.

Fonte: A12/Foto: Santuário de Santa Paulina
Autor: Elisangela Cavalheiro

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