09 SET 2016

MÊS DE SETEMBRO - MÊS DA BIBLIA.

SETEMBRO O MÊS DA BIBLIA


O Mês da Bíblia, celebrado no Brasil em setembro, foi criado em 1971, com a finalidade de instruir os fi éis sobre a Palavra de Deus. O Concílio Ecumênico Vaticano II, através da Constituição Dogmática Dei Verbum foi o marco para o despertar da Pastoral Bíblica na Igreja. O mês de setembro, também, recorda a memória de São Jerônimo. Ele foi responsável por traduzir a Bíblia dos textos originais, em hebraico e grego, para o latim.

O livro está traduzido em, praticamente, todas as línguas do mundo.

A temática deste ano traz refl exões inspiradas no livro do profeta Miquéias. Com o tema “Para que n´Ele nossos povos tenham vida” e o lema “Praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar com Deus”. Evidenciando os bons frutos produzidos por esta iniciativa pastoral da Igreja do Brasil Dom José Antonio Peruzzo diz: “Graças ao bom Deus, a cada ano vemos crescer nas comunidades de fé o gosto e o sadio anseio por conhecer a Palavra de Deus. Não é apenas curiosidade; não apenas desejo de melhor saber e mais conhecer temas sobre religião. Muito mais, há no coração de nossa gente um secreto desejo de sentido e de esperança. Há uma busca sincera e singela de experiências de fé. Nosso povo quer sentir a proximidade de Deus”. O Presidente da Comissão Bíblico-Catequética completa recordando a importância da vivência da Palavra de Deus na vida em comunidade e na família: “Nosso país precisa de novas experiências de profetismo. O mesmo vale para a nossa Igreja e para as nossas comunidades. Enquanto houver profetas, aqueles que pronunciam a Palavra ouvida de seu Senhor, Deus ainda não terá sido silenciado em meio aos seus. Valorizar a palavra profética, ouvindo-a com humildade e respondendo com fidelidade, é como desejarque a voz de Deus seja sempre a primeira a ressoar e a última a ecoar”. Miquéias é o ultimo profeta do século VIII. Nele a denúncia social atinge seus níveis mais altos. Nasceu em Morasti (1,1), ambiente campesino, em contato direto com os problemas dos agricultores, vítimas dos latifúndios. A cidade em que nasceu também é rodeada de fortalezas, com a presença de militares e funcionários reais, com altos impostos e recrutamento de jovens para conduzi-los a Jerusalém. Este é o ambiente que rodeia o profeta e que o torna tão radical na sua reflexão.

A mensagem de Miquéias não nos apresenta sistemas fechados, mas nos insere no plano da desinstalação, do incomodar-

se, e incomodar, do sentir com maior profundidade a dinâmica “revolucionaria” da sua mensagem. Uma mensagem que deve perpassar toda nossa história de vida, traduzindo-se em fatos concretos que nos integre no profetismo tão necessário nos dias atuais.

A mensagem profética de Miquéias ilumina nossas estruturas arcaicas, nosso viver religioso, que mais parece adequação, e não provoca mais questionamentos na sociedade. Um viver religioso “doce demais”, que não nos insere na dinâmica transformante do amor; que não nos insere na denuncia das estruturas de morte, que hoje são tão difundidas, e às vezes nós somos grandes propagadores das mesmas.

A dinâmica profética de Miquéias é atualíssima é um “tratado de vida”, um itinerário efi caz para quem quer se aventurar no caminho do profetismo. Porém, não se resume apenas em denunciar e condenar a injustiça dos poderosos dos impérios civis e religioso, mas preocupa-se principalmente em apontar para o povo um “caminho” de esperança.


(http://fi caonline.blogspot.com.br/2011/04/quem-foi-o-profeta-miqueias.html). O seu anúncio do Messias (Mq 5) marcou profundamente o Novo Testamento e a tradição cristã.

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